Assédio à fortaleza

"Cornelio nasceu em Antuérpia, e lá se dedicou à profissão de pintor, tendo notável sucesso. Seu talento era fazer figuras pequenas, e nisso era abundante..." "Cornelio chegou a Gênova com Luca, seu irmão, que também era pintor e perfeito em fazer paisagens, ..., ambos haviam determinado ir para Roma..." [Soprani, 1674, p. 325]. Considerado um pintor flamengo/genovês, "Este insigne e virtuoso pintor operou maravilhas" [Soprani, 1674, p. 326]. A tela fotografa um momento de pausa após o ataque a uma fortaleza, um momento realista do pós-batalha. É um texto narrativo, uma descrição detalhada das várias figuras; há os comandantes a cavalo e as tropas que fazem sua entrada entre as muralhas após o cerco, os soldados que assistem os companheiros feridos, aqueles que removem os mortos e aqueles que depredam os cadáveres dos inimigos. Ao redor, pelo chão, jazem os pertences dos combatentes, os fuzis e as espadas, as lanças, os chapéus e partes das armaduras usadas. Tudo perfeitamente descrito, com atenção aos detalhes das roupas dos personagens e naquelas nuvens cinzentas, talvez carregadas de fumaça, suspensas sobre um campo de batalha, enquanto um soldado segura no alto com honra a bandeira desbotada e desgastada pelo vento, com forte valor simbólico de coragem, sacrifício, resistência, honra e vitória. "Era este afável e cortês, tratava bem, alegre, sério e agradável em seus discursos..." [Soprani, 1674, p. 325] e "tão generoso" [Soprani, 1674, p. 327] à pintura, magnificamente descrita, falta apenas o cheiro e os ruídos da batalha; é como assistir ao fotograma de um filme mudo, onde a intensidade da cena é confiada completamente aos gestos, aos dramas ou às alegrias dos personagens. Dimensões: tela, 99 x 149,5 cm